segunda-feira, 24 de novembro de 2008

um gostinho adocicado


vossemecê sempre gostou de beber o seu café açucarado, sabe-lhe bem o café mas também o doce ao mesmo tempo. com 6 a 8 gramas de açúcar por chávena, não custa nada a beber e escorrega que é uma maravilha.

experimentando bebê-lo sem açúcar, aquilo é agreste que se farta mas é um desafio, um abanão nas papilas gustativas.

primeiro o café em si parece não se deixar saborear devido ao amargo predominante. mas depois das primeiras dificuldades, começa a surgir ali um prazer mais sublime. bebericando, percebe-se, depois de tantos anos, que o amargo faz parte do sabor do café. e, no fim de cada trago, a língua parece reagir produzindo ela própria um gostinho adocicado. o difícil é a pessoa desabituar-se do doce e perceber que não lhe pertence. ultrapassado isso, descobre-se uma bebida muito mais interessante. o desafio compensa.

4 comentários:

Sílvia Correia disse...

Diz que o verdadeiro apreciador de café é aquele que o bebe sem açúcar. Será que vossemecê é um verdadeiro apreciador ou anda a esforçar-se por o ser?

L Filipe dos Santos disse...

eu cafés consta que não sou digno de os tomar,que os despejo num copo de água se à carencia da cafeína se juntar a sede. seja como for sinto-me ofendido quando alguém se refere a um brasa (♫♫cevada chicória centeio é a sua composição♫♫)como sendo a mesma coisa. uma coisa que gosto no café é quando se vai na rua cheio de frio e vem algures lá de longe o cheirinho do dito. é um dos cheiros que mais gosto de saborear.

w disse...

diz que o café é uma coisa que se aprende a apreciar, vossemcê esforça-se por aprender.

w disse...

há até aquela coisa que às vezes se diz: vou tomar um café de cevada. isso é altamente ofensivo. e ainda há a conversa do café descafeinado, um conceito estranho, até porque parece que não é possível extrair toda a cafeína do café. costuma pedir-se apenas um descafeinado, para poupar palavras ou talvez para evitar a bizarria da expressão.