quinta-feira, 16 de outubro de 2008

barack obama nos degraus

se fosse americano, vossemecê votava no barack obama.

gosta muito mais das ideias dele do que das do mccain,

o obama é mais jovem e o mccain é um velho velho (não é como o clint eastwood que envelhece sem ficar velho),

também teria muito medo da sarah palin.

mas, acima de tudo isso, vossemecê gosta da maneira como o obama desce e sobe escadas assim com as mãos lançadas para a frente num registo cool descontraído. nunca tinha visto um candidato a presidente de um país a descer e subir escadas daquela maneira. o tipo até nisso tem carisma. seja ensaiado ou não, há que lhe dar o mérito.

12,26
16,10,2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

numa palavra que fosse benstar


há momentos de tranquilidade e sossego, há momentos de bem estar, são raros aqueles em que as palavras tranquilidade sossego (numa palavra que fosse benstar) parecem ter sido feitas por causa deles. mais raros são os momentos em que esses momentos ficam registados de alguma maneira.

chegou-lhe agora uma fotografia de um desses raros, vossemecê com uma guitarra de cordas bem afinadas e o seu amigo martelando um xilofone num fim de tarde de verão, ali está tudo o que é preciso, agora que a chuva se faz presente e a vantagem do frio é a possibilidade de acender a lareira (aconchegante lareira).

21,53
14,10,2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

ainda o carlos paião

vossemecê acorda e vai reler o que escreveu ontem no blogue antes de se deitar. já agora dá uma vista de olhos pelo youtube a ver o que há por lá do carlos paião. não há muito mas aparece a cantiga com que participou no festival eurovisão de 1981. apesar de vossemecê nesse ano ser demasiado novo para se lembrar e das vestimentas de gosto questionável (são os anos 80 a começar mas à desculpa cronológica adicione-se a memória das prestações mais recentes naquilo que é o festival da canção actual), é o video mais exemplificativo por lá encontrado. aqui fica.

10,43
13,10,2008

a cassete do carlos paião com as cantigas todas


quando o carlos paião morreu vossemecê era criança. mas recorda-se muito bem disso. porque conhecia cantigas dele e ficou muito impressionado. recorda-se de ter ido depois à feira com o seu pai para comprar uma cassete (uma com todas as músicas do carlos paião, disse vossemecê ao feirante, e o feirante a rir-se que disso não havia mas tenho aqui esta com as mais conhecidas). voltou para casa com a cassete, só tinha seis cantigas mas eram todas muito bonitas (tinha a cegonha, o lá longe senhora e o perfume). vossemecê tentava escrever as letras e por vezes olhava a fotografia na caixa da cassete e não conseguia compreender como podia ser isso de ele ter morrido.

hoje, enquanto vinha para casa de carro, passou na rádio uma cantiga do carlos paião, não era nenhuma das que havia na cassete mas vossemecê recordou-se muito bem de quando era criança e essa coisa toda.

01,24
13,10,2008

domingo, 12 de outubro de 2008

chuva guitarra


dia de chuva como uma guitarra sem cordas

não faz mal que não as tenha porque não apetece tocar

13,35
12,10,2008

cândido varela

vossemecê chega a casa às três da manhã, a rua fica lá fora. resguarda-se no silêncio, corrompe-o com o martelar no teclado do computador. deixa-se ficar a olhar para os dedos sem os ver porque escrever é isso (excepto agora que o pensou e vê os dedos com a consciência de os ver). a esta hora surge-lhe na ideia um poema que o cândido varela lhe deixou. ele iria com certeza gostar de o ver aqui largado em registo e homenagem. cá fica.

03,23
12,10,2008

e eu

vou em estado de presente
para o futuro do sonho,
um pé atrás, outro à frente,
ainda sei bem onde os ponho,

enquanto os olhos abertos
me guiam até ao ninho,
onde os encolho em desertos
que congemino sozinho.

depois os pés adormecem,
não preciso deles aqui,
e os olhos também se esquecem
do que neste dia vi.

embarco para outros mundos
como os poemas que faço,
dentro de sonhos profundos
já não há tempo nem espaço.

livro-me de ser quem sou
sendo o sonho e o sonhá-lo,
porque o lá fora guardou
o dia e o eu pensá-lo.

sábado, 11 de outubro de 2008

a ver no que dá

vossemecê acorda no sábado de manhã mais cedo do que tinha previsto, alguém anda a enfiar berbequins numa parede próxima da do seu quarto. a cabeça quer dormir mais um bocadinho porque ainda lá fermenta algum álcool da noite passada mas o barulho não deixa.

há muitas coisas por fazer, basta abrir os olhos para ver o caos à sua volta (que, muito a propósito, coincide com o caos que se vem acumulando dentro de si). decide então levantar-se e colocar uma música a ver se a coisa se sobrepõe ao barulho do berbequim. um álbum do okay (huggable dust) que ainda não ouviu. volta a meter-se na cama. deliciosa música de brincar a sério. entretanto o berbequim pausou e vossemecê passa pelas brasas mais um bocadinho embalado pela envolvência melódica da música. mas antes de entrar num sono mais fundo lá vem a parede a estremecer. o melhor é levantar-se mesmo.

vai até à cozinha, aquece um pouco de leite, mistura-lhe o café e barra queijo numas tostas, liga a televisão, está a dar um programa sobre gastronomia, ao menos livra-se de começar o dia a ouvir falar das quedas das bolsas e da crise económica mundial de que vossemecê não percebe patavina (e gastronomia é uma coisa que lhe agrada).

acaba o seu pequeno pequeno-almoço e decide então que hoje é dia de deitar mãos à obra e arrumar a barafunda. retiradas todas as coisas do chão (não vale a pena enumerar porque são muitas), prepara-se para começar a limpá-lo. antes disso vem aqui ligar o computador e escrever algo para publicar no novo blogue que registou ontem. só para inaugurar. a seguir vai continuar as arrumações. a ver no que dá.

12,19
11,10,2008